A professora estava ensinando aos alunos o que era prosa e o que era verso.
— Verso — disse ela — é quando existe uma rima. Por exemplo: "Minhaterra tem palmeiras onde canta o sabiá... As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá". Viram? "Sabiá" rimou com "lá"!
— Anhhhhhh... — exclamaram os alunos, mostrando que tinham entendido.
— Prosa é quando não há rima. Por exemplo: "Eu olho para lua e a lua medeixa apaixonada!". Entenderam?
— Entendemos — responderam eles, em coro.
— Zequinha — solicitou a mestra — me dê um exemplo de verso!
— "Pela estrada afora eu vou bem sozinha levar esses doces para a vovozinha."
— Muito bem — disse a professora, orgulhosa — "sozinha" rimou com "vovozinha".
Agora você, Zezinho. Me dê um exemplo de prosa.
Zezinho, o mais puxa-saco da sala, disse:
— Eu gosto da professora Julieta, lá do fundo do meu coração!
— Muito bem, Zezinho. Sem rima é prosa. Parabéns!
Percebendo que Joãozinho estava na maior farra lá no fundo a professora chamou-o com rispidez.
— Joãozinho!
O moleque levantou desafiando:
— Pois não, fessora! Quer prosa ou quer verso?
— Diga um verso!
— Eu tenho uma professora que se chama Julieta... Ela tem muito cabelo na cabeça e... Anh... É prosa ou verso, professora?
A professora, tentando evitar o pior, escolheu:
— Prosa, Joãozinho... prosa!
E Joãozinho repetiu:
— Eu tenho uma professora que se chama Julieta... Ela tem muito cabelo na cabeça e no cu!
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